terça-feira, 12 de novembro de 2013

Por Diego Castro-Quando a prática das liberdades se tornam libertinas




Autor : Diego Castro-


O maior equívoco que se pode cometer quanto a visão de liberdade, é que esta, representa um princípio ilimitado assim como um direito absoluto ( certo de que nenhum direito é absoluto ).
Toda verdade seja ela, material ou não, necessita estar sob a égide de leis do mundo natural afim de sustentar a sociabilidade. Foi com a percepção dessa inerente necessidade diante do convívio social, que o direito veio ganhar forma, e ao longo de sua evolução, teoricamente e até mesmo em plano prático, se deu a possibilidade de encontrar ordenamentos jurídicos resguardando de maneira consideravelmente cautelar pelas mais diversas tipificações da garantia de liberdade.
É de extrema prudência saber proceder com toda conceituação, tanto no seu caráter ideológico quanto no caráter normativo. A inobservância, e consequentemente a não dosagem de tais compreensões é justamente o grande entrave de visão que justifica a ”promiscuidade” cometida na busca do livre arbítrio .Isso contribui com à impossibilidade da mister aplicação de freios e contrapesos corroborando assim para que o bom senso seja exilado de forma velada – porém voluntária, contrariando o próprio sentido da liberdade, onde tal exacerbação posterga as liberdades alheias, concretizando assim em libertinagem.
Nada mais oportuno do que abordar condutas reprováveis de determinados ativismos , onde a vontade interna sobressai a vontade comum ferindo prioritariamente o princípio das liberdades individuais, que desta maneira são dirigidos por submissão compulsória dos interesses de segmentos que coagem o direito de decisão de cada um em âmbito subjetivo, por conta da manutenção do domínio de determinados setores de base (porém de massa) da sociedade.
A fronteira entre a liberdade e a libertinagem encontra-se no respeito às diferenças, sem o qual, a salubridade do convívio social torna-se impossível. Nada justifica o despudor, a intolerância, o preconceito e até mesmo o vilipêndio da ordem moral com base na expressão da vontade.
Uma coisa é certa, a verdadeira democracia se constrói com contrapontos, ouvindo o contraditório e acatando a opinião da maioria, que nem sempre pode estar com a razão. Porém mesmo a maioria decidindo por um caminho a liberdade da minoria em decidir por outro não pode ser condenada, ao menos que ambas não afrontem os princípios que sustentam a ordem pública .


Artigo publicado no dia 16 de Setembro de 2013 , no site Além da Informação 





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