Da Agência Brasil
Rio de Janeiro – Há uma semana no prédio da
reitoria da Universidade Gama Filho (UGF), no bairro da Piedade, zona norte do
Rio, universitários e uma comitiva de entidades públicas fizeram hoje (22) uma
reunião para definir a retomada do calendário acadêmico. O protesto começou no dia 15 de julho e pede uma solução para os
problemas financeiros da universidade, como a falta de pagamento dos
professores.
Os alunos reivindicam também a transparência do
setor financeiro, a consolidação de um compromisso oficial entre os docentes e
funcionários do setor administrativo, um canal de comunicação direto com a
mantenedora da Universidade Gama Filho (a Galileo Educacional), aumento de
segurança no campus e arredores e a garantia de que nenhum dos alunos envolvidos
no protesto sofrerá qualquer tipo de retaliação.
A presidenta da Comissão de Cultura da Câmara dos
Deputados, Jandira Feghali (PCdoB-RJ), informou que já foi feita uma reunião com
a Galileo Educacional para obter resposta sobre a falta de recursos. “A Galileo
não cumpre suas funções legais. Não paga professores, funcionários, nem
funcionários da limpeza. Eles [os alunos] correm o risco de perder o ano letivo
então ocuparam a reitoria como forma de protesto. Na última reunião com a
Galileo, perguntamos se eles tinham dinheiro. Eles responderam que tinham
dinheiro em caixa para gerir a faculdade”, explicou a deputada.
Segundo ela, a Galileo Educacional corre o risco
de não ser mais a mantenedora de serviços da Universidade Gama Filho. “Ou a
instituição cumpre o seu papel, ou o Ministério da Educação tem de intervir. Há
medidas radicais a serem tomadas, como a mudança de gestores da
universidade.”
O secretário-geral do Centro Acadêmico de Medicina
Albert Sabin, da universidade, Rafael Collado, disse que os universitários só
deixarão o prédio depois que as reivindicações forem atendidas. “A expectativa
[da reunião] é que a gente saia com um novo calendário de lutas. Esperamos,
também, que nossas propostas comecem a ser atendidas hoje. Estamos aqui há uma
semana. Nesse final de semana, 50 pessoas ficaram aqui com a gente no prédio da
reitoria. Só sairemos daqui quando nossas propostas forem atendidas.”
Representantes do Ministério Público, da União
Estadual de Estudantes, do Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro, da
Ordem de Advogados do Brasil e da Comissão de Cultura da Câmara dos Deputados
participaram do encontro.
Até o fechamento da matéria, a Galileo Educacional
e a Universidade Gama Filho não responderam ao contato da Agência Brasil
sobre o assunto.
Edição: Talita Cavalcante
Todo conteúdo deste site está publicado sob a
Licença Creative Commons Atribuição 3.0 Brasil. Para reproduzir a matéria, é
necessário apenas dar crédito à Agência Brasil
Nenhum comentário:
Postar um comentário